28 de dezembro de 2010

Acontece

Várias horas de insônia, poucas horas de sono. Alguns cigarros no cinzeiro, algumas garrafas em cima da mesa, uma em especial pela metade, já quente. Janelas trêmulas pelos carros que passam. Saudade. Um novo cigarro aceso. Fumaça entrando no peito antes do gole abrupto, saindo do peito logo depois da garrafa vazia posta na mesa. Suspiro de tristeza, solidão. Chega alguém. Corre jogar as garrafas fora e limpar sua sujeira antes de abrir a porta. A campainha toca de novo. Ele se apressa colocando as calças, já meio bêbado corre até a porta, batendo o joelho numa mesinha. Atende a porta, na esperança de ser ela. O vizinho pede que ele abaixe o som, ele se desculpa, entra, pega outra cerveja, coloca os fones de ouvido, e acende mais um cigarro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário