7 de fevereiro de 2011

Tudo bem?

- Boa noite.
- Oi, tudo bem? ...
E se eu disser que não? E se eu disser que as constantes sociais e os padrões psicológicos fazem da minha pessoa uma disparidade dentro do infinito grupo imaginário dos complexos? Isso faria o fluxo normal do diálogo engrossar-se. Uma pergunta tola e simples transformaria-se na mais densa, complicada e desagradável resposta ao interlocutor.
A sinceridade tão aclamada pelas pessoas, necessita um certo filtro. Relacionar-se, à primeira estância pelo menos, é um ato desconfiado e incerto. Você sabe suas reais intenções, mas não as revela.
Quanto às respostas, com um certo eufemismo, sempre digo a verdade sobre meu estado de espírito. Se o mascaro, se o torno hiperbólico, eufórico e até irritante, não mudo a essência da minha resposta.
Sobre a sinceridade, mesmo que ela assuste, procuro manter-me sincero, mesmo na iminência da minha autodestruição, ou do surgimento de um problema. No decadente apogeu dos meus 17 anos, mantenho minha consciência indubitável.
Agindo dessa maneira exponho-me da maneira mais infantil e sincera possível...
- Olá, não muito, e você, como foi seu dia? ...

Um comentário:

  1. Olá, você está bem?

    .. Ah! Mas que pergunta estúpida.

    bem... talvez estejamos todos enlatados em falsas cordialidades em conserva... sutis falsidades que movem o dia a dia, por puro conforto, ou pelas facilidades que geram...

    Ou talvez seja somente pressa, ou cansaço..


    Bem, meu "a propósito" de hoje é para: que bom que você conseguiu.

    ResponderExcluir