2 de fevereiro de 2011

Passos

Sons, expressões, murmúrios, sociedades balbuciando. Palavras, falácia, organizações hierárquicas nunca justas. Fenícios, barquinhos (?), escrita, registros. Vovô morreu faz tempo e eu escrevo por intermédio de um teclado, lendo em uma tela de LCD minhas baboseiras. Wolfgang compunha sinfonias desde os 6 anos de idade. Me contento com meus acordes, meus solos em pentatônica e minha voz desafinada acompanhando um grande amigo de madeira. Será mesmo que me contento?
Me perguntei a vida inteira se meus passos eram predestinados, ou se eu tinha controle completo sobre meus atos e minha vida. Sempre cheguei a egoísta conclusão de que eu me dominava. Prepotência talvez, mas eu realmente refletia sobre isso. Aonde a vida estaria me levando? Hoje penso menos em onde vou chegar e mais na maneira como vou até lá.
Os acordes não se formam sem as notas, os textos não se formam sem palavras, vídeos não se formam sem seus frames, os caminhos não se fazem sem os passos. Me cansa a prepotência humana. Sempre fazer coisas maravilhosas, chegar à verdadeiros colossos e finais triunfantes. Desprezar ínfimas partículas é não saber o valor real das grandezas adoradas...

3 comentários:

  1. por entre passos, já faz parte do meu eu, conhecer o seu você.
    Seus textos me inspiram demais.

    A propósito, como voce pediu às 22:22 do dia 02/02, voce tem completa permissão para transformar em uma música. se possível, vou querer ouvir, é importante para mim.

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  2. Feito? E como eu poderei apreciar?

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