21 de fevereiro de 2011

Quem (o que) sou?

Sou nada e prefiro assim ser, ou tenho a tola pretensão de ser algo um dia. Sou o puro, instantâneo e perfeito reflexo da escuridão. Impulso simplório, soturno na força, perplexo aos atos e taciturno de fato. "Ínfimo" ego que transparece-se à luz da obviedade, afastando qualquer lapso de sanidade e salubridade de tal personalidade e sempre ofuscando os olhos e o cabelo claro, ou qualquer esboço de beleza física, ou algo semelhante.
Qualquer aparência é mera coincidência. Relapso quanto às diferenças, detalhista e exorbitantemente crítico em relação a suas ações minuciosas, à estapafúrdia personalidade e, sobretudo, à constante defectividade do seu ser, tanto que mal suporta suas demasiadas falhas. Errôneo, fraco, mas resistente. Um ser incógnito e descontextualizado. Boêmio, errante, cheio de vícios, entre eles o de sempre estar certo, causando certa irritação quando tal fato não ocorre. Translocando-o ao plano da auto-penalização.
Só alguém que ama demais, sempre se sente amado de menos, e tem a estúpida pretensão de falar de si mesmo na terceira pessoa...

2 comentários:

  1. Bohemio estupido;
    se fosse tão estupido assim não tinha capacidade de escrever bem desse jeito...
    E isso não é pra massagear seu ego.

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  2. quem sabe pra que serve isso? e porque necessariamente eu estaria falando de mim?

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